“Portanto, vós orareis assim: PAI nosso, que estas nos céus, santificado seja o teu nome;” Mateus 6.9
Eu conheço pessoas que tem verdadeira aversão por essa palavra tão curta, mas que carrega um significado tão maravilhoso: PAI.
Meu objetivo aqui não é falar sobre a “oração do pai nosso”, mas refletir juntamente com você sobre paternidade, mais precisamente a Paternidade de Deus!
Jesus quando ensinava os discípulos a orar, fez uma declaração a respeito de Deus, que revolucionou o relacionamento do homem com o seu Criador! Ele O chamou de Pai. “Pai nosso”.
Existem vários níveis de relacionamento com Deus, mas o mais maravilhoso é o relacionamento de pai e filho. Uma das revelações mais lindas da Bíblia é a de que Deus é nosso Pai!
Muitos conhecem essa realidade apenas de ouvir falar, até aceitam, mas somente no nível da razão, da mente. Quando essa verdade chega ao coração é como se travasse e o entendimento da pessoa não consegue alcançar esse nível de relacionamento com Deus.
Quantos de nós temos conhecido esse Deus Todo Poderoso só de ouvir falar e desconhecemos na prática, a Sua paternidade?
A palavra de Deus é muito clara a respeito da importância da paternidade. A maioria das promessas é para pais e filhos, e o reino de Deus funciona de Pai para filho. Algo tem sido perdido ao longo das gerações pela quebra deste princípio, e um dos sinais dos últimos tempos está ligado a restauração desta aliança. Deus quer chamar a nossa atenção para a paternidade.
Muitas vezes transferimos o nosso relacionamento com o pai biológico para Deus, trazendo na bagagem muitas feridas, frustrações, rejeições, o que constrói uma barreira gigantesca entre nós e Deus.
O que você pensa quando ouve a palavra “pai”? Logo vem à sua mente proteção, provisão, ternura, amor, afeto, segurança? Ou logo é pintado na sua mente um quadro que te faz pensar em algo ruim, violento, ausência, sofrimento, etc?
Nada fere tanto, e trás tantas marcas na vida do ser humano, como a ausência paterna. Será sempre muito difícil para alguém que não goze da presença paterna, compreender o verdadeiro e intenso amor de Deus. Nossa imagem de um Deus Pai é exatamente a imagem que temos do nosso pai biológico.
Hoje vemos várias figuras paternas que tem manchado o conceito de Deus como Pai:
- Um pai severo
- Ausente (abandono do lar, trabalho em excesso, separação, morte)
- Indiferente
- Pai que ama com condições (“se você tirar nota boa na escola”, “se ajudar em casa”, “se for um ‘bom’ menino(a)”...)
- Que não é digno de confiança (não dá exemplo, é viciado em álcool ou drogas ilícitas)
- Pai violento
Essas são apenas algumas figuras que temos de nosso pai biológico. O triste de tudo isso é que sem percebermos transferimos para Deus essas mesmas imagens e por isso não conseguimos desfrutar da paternidade do nosso Deus. É tão difícil confiar em um Deus que se diz Pai, quando eu tive um pai que não deu a mínima importância pra mim, que me abandonou, que me bateu de forma violenta.
Boas experiências nos aproximam do conhecimento e da compreensão de Deus, experiências ruins criam imagens distorcidas do amor do nosso Pai por nós. Muitos tem sido magoados e sofrido rejeição por parte do seu pai e por isso é difícil ver Deus como realmente Ele é. É essencial que compreendamos o caráter de Deus se queremos amá-lo e serví-lo.
Muitas pessoas tem imagens falsas de Deus, o que as impede de ter um relacionamento íntimo e sincero com o Pai. As imagens falsas mais latentes são:
- Um Deus que não é digno de confiança: se não confiamos, não nos entregamos totalmente. Assim deixamos de desfrutar do sustento e da provisão de Deus em todas as áreas da nossa vida. Diante disso, nossa tendência é confiarmos mais na força do nosso braço e fazermos tudo baseados naquilos que achamos.
- Um Deus que é severo, que exige além das minhas forças: é a imagem de que Deus exigirá de mim a perfeição. Se eu errar, Ele vai fazer cair um raio do céu e vai me matar.
- Um Deus ausente e indiferente: um Deus que não se importa com o que eu passo. Um Deus que aparece de vez em quando pra ver como eu estou e vai embora sem eu perceber.
- Um Deus que tem um amor condicional: o amor que é baseado na troca. Se você for uma boa menina, Deus vai te amar mais. Se você serví-lo fazendo tudo certinho, conquistará o amor de Deus. Muitas pessoas vivem nesse engano e acham que Deus as ama dessa maneira. Não conseguem entender o amor incondicional do Senhor. Não há nada que eu realize que vai fazer o Senhor me amar mais ou menos. Ele simplesmente ama e Seu amor é incondicional.
Todas essas mentiras são cravadas no nosso coração ao longo dos anos. Tudo isso é devido à imagem do pai biológico que temos ou tivemos. Hoje, as pessoas não conseguem ter um relacionamento de filho com Pai com o Senhor devido às feridas que carregam do passado. Feridas essas que nos impedem de termos uma intimidade com o Pai Celestial. Conheço várias pessoas que não chamam Deus de Pai e não se relacionam com Ele porque tem uma idéia distorcida de paternidade.
Algo interessante na vida de Jesus é que o Seu ministério só começou quando Deus proclamou do Céu: “Este é o meu filho amado”, Deus estava ali afirmando a paternidade Dele na vida de Jesus. E como isso foi importante no ministério do Mestre!
O mundo tenta nos corromper, injetando em nós rejeição, para deixarmos de acreditar nas promessas de que somos filhos, mas a palavra de Deus nos da à garantia de que somos filhos amados. E como filhos eleitos, podemos ter uma vida transformada, livres de toda condenação e jugo, tendo assim postura de Filhos de Deus. Não somos abandonados, mas, sim escolhidos pelo Criador, para conhecer tudo o que Ele tem de melhor para nós, e desfrutar a cada dia desse amor, que, é real, verdadeiro, que não vem do coração do homem, mas vem do coração paterno de Deus.
Conhecer o coração paterno de Deus é ver o Criador como Pai, é reconhecer o seu real amor por nós. Os nossos pais erram, eles não são perfeitos, e muitos pais erram pois não receberam o amor paterno, e por isso não sabem amar, não conseguem transmitir nenhum sentimento aos seus filhos, o que faz gerar uma independência doentia, identificando assim pessoas com dificuldades de se relacionar, principalmente com Deus, e de reconhecê-lo como Pai.
Nós como cristãos precisamos saber de quem somos filhos, precisamos assumir nossa posição de filhos..., assumirmos a paternidade de Deus sobre nós. Não podemos mais viver como se fôssemos órfãos, frios, sem amor, sem referencial.
“Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti” – Isaías 49: 15
Deus quer curar toda ferida que ficou no seu coração e marcar sua história com a paternidade Dele. Deus ama você. Você é filho(a) Dele. Ele quer restaurar sua identidade perdida e te direcionar.
A verdadeira paternidade é aquela que é pefeita, santa e imaculada: a Paternidade do seu Pai Celestial! Daquele que não te esquece, que tem você gravado nas palmas de Suas mãos. Ele quer te ensinar que pai, em seu sentido da palavra, é provedor, forte, amoroso, e profundamente engajado em sua vida, onde você pode se voltar a qualquer momento do dia ou da noite em busca de segurança e conselhos para acalmar a alma, e o melhor, você vai encontrar.
Aquilo que faltou no seu pai biológico, Deus quer suprir, mas você precisa permitir que Ele faça isso. Deus não invade a vida de ninguém. Ele é educado, cavalheiro.
Se permita ser amado por Deus, se permita ser filho Dele e você verá as mudanças tremendas que Deus fará na sua vida. Meu convite pra você é: EXPERIMENTE, VOCÊ NÃO VAI SE ARREPENDER!
Até a próxima!

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